Caso da 113 Sul: Marcado julgamento de Adriana Villela
Coluna Eixo Capital/Por Ana Maria Campos
O Tribunal do Júri de Brasília marcou para 23 de setembro o início de um julgamento que, com certeza, entrará para a história da cidade. Dez anos depois do crime, ocorrido em agosto de 2009, os jurados vão dizer se Adriana Villela é a mandante do triplo homicídio que ficou conhecido como o Caso da 113 Sul. Em questão, o assassinato do ex-ministro José Guilherme Villela e da mulher dele, Maria Villela, pais de Adriana, e da funcionária do apartamento, Francisca Nascimento Silva. Será um julgamento para marcar o Judiciário por muitos motivos: é um crime que comoveu o país, com uma investigação da Polícia Civil que começou tumultuada e até resultou na condenação criminal da delegada Martha Vargas, primeira responsável pelo inquérito.
Embate entre defesa e acusação
Será um grande embate entre defesa e acusação. De um lado, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que representa Adriana. De outro, os promotores de Justiça Marcelo Leite e Maurício Miranda, experientes em júris. A expectativa é de que leve até uma semana para sair o veredicto. Outros três envolvidos foram condenados e cumprem pena na Papuda. Adriana sempre negou participação na morte dos pais. Esse é um julgamento para estudantes de direito, criminalistas e interessados em tramas policiais acompanharem.
Cassação de aposentadoria mantida
A ex-delegada Martha Vargas sofreu ontem um novo revés. A 2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve, por unanimidade, a cassação da aposentadoria da ex-policial que está condenada a 16 anos de prisão pelos crimes de fraude processual, falsidade ideológica, tortura e violação de sigilo funcional na condução da investigação do triplo assassinato da 113 Sul. Ela teve o benefício revogado em setembro de 2018.
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