A pessoa que me enviou esta imagem por e-mail pediu para que eu explicasse o motivo pelo qual foi feita uma extração dentária pelo nariz. Tem alguns blogs de odontologia que já postaram esta imagem, mas não souberam explicar. Pois bem! Pesquisando pelo Dr. Google encontrei um artigo da Dental Press com este estranho caso clínico.
É raro, mas pode existir dentes na cavidade nasal. O tratamento geralmente é cirúrgico e deve ser bem diagnosticado por meio de exames clínicos e radiográficos. Os sinais clínicos lembram muito um resfriado com a presença de coriza constante, obstrução nasal, rinite, e com uma presença característica de mal odor. O diagnóstico radiográfico, deve ser feito por meio de radiografia panorâmica e oclusal da região dos incisivos superiores e deve-se te cuidado, pois a imagem radiográfica pode ser confundida por rinolito, corpo estranho, seqüestro ósseo, neoplasma ou osteoma.
Neste caso, durante a realização de exames clínicos foi observado a presença de uma estrutura dura, semelhante à dentária e pela análise das radiografias panorâmica e periapical da região, confirmou-se a presença de dente intranasal, que se tratava, provavelmente, de um dente decíduo supranumerário, uma vez que ambas as dentições apresentavam-se completas por este exame.
Vou tentar explicar resumidamente o que aconteceu:
O tratamento da remoção do dente intranasal foi realizado sob anestesia geral, para evitar um grande desconforto durante a cirurgia pelo dente estar num local que dificulta o procedimento de remoção e porque o paciente era um garoto de 5 anos de idade sendo necessário um comportamento colaborador.
Essa remoção foi feita de forma semelhante a uma extração dentária na boca, iniciando pela sindesmotomia, em seguida pela apreensão, luxação e extração com fórceps. Mas neste caso não houve realização de sutura, após a extração foi colocada no alvéolo uma gaze embebida em medicamento a base de cloridrato de oxitetraciclina e hidrocortisona , por cerca de 15 minutos, promovendo a vasoconstricção no local e impedindo a infecção dos patógenos. A remoção da gaze foi realizada algumas horas após a cirurgia, certificando-se que não ocorreria hemorragia local.
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