Polícia prende integrantes da gangue da marcha à ré
Desta vez, o crime ocorreu na madrugada de terça-feira (21), na Ceilândia
A Polícia Civil do DF prendeu, em flagrante, quatro adultos e apreendeu dois menores de idade integrantes de uma quadrilha que arrombou e furtou produtos de uma loja de cosméticos na QMN 1 de Ceilândia. O crime ocorreu às 4h47 de terça-feira (21). Com um veículo roubado, os criminosos arrombaram as grades da loja batendo três vezes com a parte traseira do carro contra a entrada do estabelecimento.
A ação dos bandidos durou menos de cinco minutos, mas deixou um prejuízo de R$ 20 mil, entre demolições e produtos furtados, segundo cálculos da gerente da loja.
Os quatro adultos presos são Edmilson Vieira de Sousa, 42 anos, Michelle Feitosa de Sousa, 19 anos, Landsteyner Pedro Gomes Quintino, 19 anos, e Júlia da Silva Bandeira, 19 anos, que também é acusada de participar de outro arrombamento na mesma loja há dois meses. Os quatro foram encaminhados à carceragem do Departamento de Polícia Especializada e, se condenados, podem pegar até 15 anos de cadeia por furto qualificado, associação para o crime e corrupção de menores.
Os dois adolescentes envolvidos, uma menina de 16 anos e um rapaz de 17, foram levados à Delegacia da Criança e do Adolescente.
"São moradores de rua dependentes químicos que praticam furtos para sustentar o vício no crack. Às vezes utilizam veículos para arrombar as lojas, outras não. Não podemos afirmar que fazem parte da 'gangue da marcha ré'", afirma o delegado. "Nos depoimentos, os bandidos relataram que foram motivados por um traficantes de drogas para cometer o crime", completou Davi Vilas Verdes. A Polícia Civil ainda não encontrou o suposto mentor do furto.
De acordo com a 15ª DP, somente nos últimos três meses, sete arrombamentos a comércios da Ceilândia foram registrados. Em quatro deles, um veículo foi utilizado para derrubar as grades das lojas.
Comerciantes com medo
A gerente da loja furtada, Liz Andrea do Nascimento, 31 anos, conta que os funcionários da loja estão assustados com os recorrentes crimes no centro de Ceilândia. "Enquanto a loja está aberta, temos um segurança que faz a vigilância. Isso diminui um pouco a sensação de insegurança, mas a gente sempre fica atento a quem entra aqui. Minhas vendedoras estão com medo", explica a gerente. Liz Andrea também conta que, após o arrombamento dessa terça-feira, uma nova e reforçada grade foi colocada na loja, além de um uma barreira em frente ao estabelecimento que dificulta o acesso de veículos pela calçada.
De janeiro a setembro de 2014 foram registradas 335 ocorrências de furtos e roubos a comércios em Ceilândia, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública.
Comentários
Postar um comentário