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Divirta-se Mais apresenta receitas básicas, versáteis e baratas feitas à base de ovo

Esse elemento básico da culinária, serve tanto de acompanhamento quanto de ingrediente importante para receitas, e é uma excelente alternativas para para fugir da crise econômica


Bolovo está entre as criações da chef Renata Carvalho para a primavera
 (Hugo Gonçalves/Esp. CB/D.A Press)
Bolovo está entre as criações da chef Renata Carvalho para a primavera
 
O ovo é um ingrediente coringa na hora de ir para a cozinha. De tão básico que é, não é difícil ele passar despercebido em um prato. Ao mesmo tempo, o ingrediente apresenta diversas formas de preparo, passando do doce para o salgado sem dificuldade.

Como é uma proteína geralmente mais barata que as demais, o ovo pode aparecer como uma solução para a crise que enfrentamos. “Mesmo apostando em ingredientes mais elaborados e caros, como o queijo gouda e o camarão, nosso omelete ainda tem um preço abaixo dos pratos com outras proteínas”, exemplifica Bruno Kzan, sócio do Saborella.

O ovo faz parte de diversas receitas, mesmo não estando evidente, como em bolos e empanados, por exemplo. Renata Carvalho, do Loca como tu Madre, exemplifica o uso dos ovos em sua cozinha: “Gastamos em torno de 120 ovos por semana. As pessoas não têm ideia de quantoé importante na cozinha, mas, mesmo quando ele não está evidente, faz parte do que não se vê em várias receitas”.

O gerente do restaurante português Dali Camões, Jonas Nascimento, conta um pouco de uma das histórias envolvendo a confeitaria portuguesa. “Aprendi que antigamente a clara do ovo era utilizada para dar goma às roupas. Evitando desperdiçar o resto, as gemas eram aproveitadas na cozinha, para produzir as famosas receitas doces nacionais”, explica.

Proteína pela manhã

 (Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press)

O ovo já foi alçado à categoria de vilão por causa do nível de colesterol na gema. Depois de alguns estudos que comprovaram haver mais vantagens do que desvantagens para a saúde, ele foi redimido e, hoje, é recomendado o consumo diário de ovos pelo alto de teor de proteínas e vitaminas.

No Caramella, todos os dias há variações de receitas com ovos no bufê de café da manhã, servido das 7h30 às 14h — ideal para quem desperta um pouco mais tarde que o convencional. Entre as delícias, ovos mexidos com creme de leite ou com queijo do tipo Minas e muçarela.
O clássico matinal é feito na hora, assim como omeletes, waffles e tapiocas. “O ovo mexido ideal não pode ficar mais de um minuto e meio no fogo, para não perder a cremosidade”, ensina o cozinheiro Elton Mendes Mota. Outro truque é a presença de mostarda, orégano e manjericão na finalização da receita.

Além do que é preparado assim que o cliente solicita, 40 opções de pães, quiches, bolos e outros quitutes ficam dispostas em uma grande mesa. O preço? R$ 22 por pessoa, de segunda a sexta, e R$ 33, no fim de semana e nos feriados.

SAIBA MAIS
O alto valor de proteínas do ovo pode ser comparado ao leite materno. Mas, cuidado com os excessos. Mesmo que seja um item “do bem”, não se pode exagerar. O consumo recomendado, segundo especialistas, é de uma unidade por dia. Para evitar contaminações por salmonela, sempre lave o ingrediente antes de utilizá-lo.

De codorna e criativo
 (Hugo Gonçalves/Esp. CB/D.A Press)

Ovo de codorna não precisa ser só cozido, servido como tira-gosto ou inserido em uma salmoura, como complemento de saladas. Pequeno em tamanho, mas rico em sabor, o ovinho pode sair do lugar-comum, como comprova a ideia do chef Jhon Ccolque, recém-chegado à cozinha do restaurante Inácia Poulet Rôti .

Chama-se ovos mediterrâneos a criação de Ccolque oferecida como entrada no menu executivo do local, por R$ 50 (mais prato principal e sobremesa), a partir da próxima segunda-feira.
A curiosa receita consiste em ovos de codorna processados em liquidificador com pimentões-amarelos, baguete e tomilho. Úmida, a mistura é assada e depois peneirada até ficar com textura arenosa.

É feita uma cama coberta por pesto de azeitonas pretas e verdes, manjericão e tomilho, finalizados com cubos de ricota.
Nascido em Cusco, no Peru, Jhon faz jus à fama do país latino de exportar grandes cozinheiros para todo o mundo. Antes de desembarcar em Brasília, no ano passado, o jovem de 24 anos trabalhou com chefs de peso, como Gastón Acurio (Astrid y Gastón) e Virgílio Martínez (Central), que aparecem entre os mais bem colocados em listas dos melhores do mundo.

“No Peru, originalidade e criatividade são características cobradas dos cozinheiros o tempo inteiro. Talvez por isso tenhamos levado a nossa cozinha a um patamar tão avançado”, acredita Ccolque.

5 contra um
Assim como o ovo de galinha, o de codorna faz bem à saúde.

Farofa com um toque especial
 (André Violatti/Esp. CB/D.A Press)

Só pensar naquela farofa de ovos, levemente úmida e bem temperada, é o suficiente para muitos salivarem. É exatamente por isso que desde a inauguração do Corrientes 348 esse prato faz parte do cardápio. A farofa de ovos (R$ 19) do restaurante é feita de forma simples, mas muito bem executada, apenas temperada com sal e salsinha.

Outra sugestão de acompanhamento que é um sucesso entre os clientes é o arroz parrilero (R$ 27). “Nosso arroz é feito com o ovo, mas a proteína se dissolve, conferindo cor e cremosidade ao arroz. Os clientes gostam muito”, afirma o gerente da casa, Warlon Martins.
Já para combinar com essas alternativas, a sugestão é o bife de chorizo (R$ 129), servido com 600g. “É uma alternativa que serve três pessoas, além de ser um corte muito saboroso”, indica o gerente.

De acordo com nutricionistas, cada cinco ovos de codorna equivalem a um de galinha. Curiosamente, os de codorna têm mais ferro e cálcio, no entanto, têm quase o dobro de colesterol (422mg), contra o concorrente (260mg).

Com a cara de São Paulo
 (Hugo Gonçalves/Esp. CB/D.A Press)

O bolovo, bolinho de carne recheado com um ovo inteiro dentro, é uma das sensações de botequins por todo o Brasil. Todavia, ele não é tão comum nos bares de Brasília. Impasse resolvido pela chef Renata Carvalho, do Loca como tu Madre. Desde setembro, o quitute faz parte do menu de primavera do bar e está à venda por R$ 41, acrescido de batatas rústicas temperadas com flor de sal que dão ares porteños ao bolinho, em porção que serve duas pessoas.

“Achei que tinha tudo a ver com meu público, que viaja muito e conhece o bolovo por ser uma sensação em bares de São Paulo. Eles pedem por essa dinamicidade no meu cardápio e sempre que viajo trago novidades que vão além da batata com cheddar”, explica a chef. “Apesar de ser um petisco, ele serve como refeição, e, com o preço acessível, aparece como boa opção em tempos de crise”, comenta.

O bolo é feito com um blend de carnes de patinho e filé-mignon cortados na ponta de faca e acrescidos de um pouquinho de carne suína. À receita somam-se mostarda à ancienne, coentro, pimenta-do-reino e o ovo com gema molinha. Para finalizar, o bolovo é empanado com farinha panko.
Das mais de 100 cervejas disponíveis no menu para a harmonização, Renata sugere a Labareda lager com um toque de pimenta, por R$ 26 (300ml). Alguns drinques também foram incorporados ao cardápio dedicado à estação das flores do Loca como tu Madre. Entraram no menu, por exemplo, a jarra de clericot, mix de espumante e frutas cortadas em pequeninos pedaços, por R$ 50.

Há três décadas na moda
 (Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press)

Situado na Asa Norte, o Cavalcante (Ki-filé) é um dos pontos mais conhecidos da capital quando o assunto é filé-mignon. Aberta há mais de três décadas, a casa com decoração simples tem todo o cardápio baseado no corte nobre.
No prato mais vendido do restaurante, a carne é grelhada e escoltada por dois ovos fritos à perfeição: com a clara branquinha e a gema levemente amolecida. Trata-se do icônico filé à cavalo (R$ 32), guarnecido por farofa de ovos, bacon e coentro mais arroz.

“O ovo é frito apenas com azeite e o cliente é quem define a quantidade de sal, que é colocado por ele”, explica o sócio Ricardo Cavalcante. Já a carne é grelhada somente com sal. “Não usamos temperos prontos ou industrializados. O foco da nossa cozinha é uma comida caseira e fresca”, continua Ricardo.

Apesar de serem porções individuais, os pratos são fartos e, a depender do apetite, servem duas pessoas. Para isso, basta pedir alguns acompanhamentos extras. Por mais R$ 10, uma cumbuca de feijão-carioca complementa a refeição.

Do Rio para Brasília
 (Rafael Lobo /Zoltar Design)

A combinação clássica entre picadinho de filé-mignon, arroz soltinho, farofa de alho, ovo poché e banana chama a atenção no menu do Rio Bistrô. Batizada como Chico (R$ 44) para combinar com o cardápio, todo com nome de artistas e lugares típicos do Rio de Janeiro, o prato é um dos mais pedidos da casa. “Essa receita tem um gostinho de caseira, não tem erro para pedir”, comenta o proprietário, Frederico Bastos.

A casa ainda aposta em outros pratos em que o ovo aparece com destaque, como o Baden (R$ 42), risoto de aspargos com cogumelos e um ovo poché trufado. “Esse prato é uma ótima alternativa para quem quer um prato sem carne”, sugere Bastos.
Outra pedida é o Rio Lisboa (R$ 45), arroz cremoso com bacalhau, azeitonas e um ovo caipira frito para finalizar. Segundo Bastos, “o ovo é um ingrediente muito rico, faz parte do gosto dos brasileiros. Fica bom até só com o arroz”.

Lanche bem elaborado
 (Hugo Gonçalves/Esp. CB/D.A Press)

omelete é uma daquelas receitas que caem bem desde um café da manhã até um lanche, e foi essa versatilidade que garantiu espaço ao preparo no cardápio do Saborella. Na casa, famosa pelos sorvetes, a omelete ganha espaço nas refeições dos comensais por aliar um preço mais acessível que preparos com outras proteínas e combinações pra lá de saborosas.

A sugestão de Bruno Kzan, sócio da casa, para quem deseja provar um dos preparos da casa é a omelete de alho-poró (R$ 31). “O prato serve até como almoço ou jantar, pois além de uma omelete grande, com dois ovos, vem acompanhado de salada e torradas”, afirma Kzan.

Outras opções do preparo na casa são de queijo (R$ 28), queijo e presunto (R$ 28) ou ainda de camarão com alho-poró (R$ 34). Apesar de os ovos serem baratos, os ingredientes que usamos são caros, como o queijo gouda, o alho-poró e os camarões. Ainda assim a diferença de preço para um prato com carne vermelha existe”, afirma o proprietário.

Já para finalizar a refeição, a pedida são os sorvetes artesanais. O carro-chefe é o de tapioca (R$ 12), feito com leite de coco artesanal extraído na própria Saborella, misturado a leite, açúcar e farinha de tapioca. Outras alternativas são o de Ferreiro Rochet — com avelã, chocolate e pedaços do bombom (R$ 12) — e o de pistache (R$ 13).

Tradição portuguesa
 (André Violatti/Esp. CB/D.A Press)

Não existe dúvida sobre a importância do ovo na culinária portuguesa, especialmente nos doces. Entre as teorias que se criam em torno dessa tradição, acredita-se que as claras eram utilizadas para engomar as roupas. Para não desperdiçar, as gemas iam parar na cozinha, onde surgiram os doces, tão apreciados.

No Dalí Camões, casa de culinária típica portuguesa, os doces conventuais não poderiam faltar. Eles aparecem em peso no cardápio, em diversas receitas. O mais pedido é o siricaia, espécie de pudim com uma consistência suave. “As sobremesas tradicionais dessa cozinha costumam ser bem doces. Na casa, todos saem por R$ 21”, afirma Jonas Nascimento, gerente do lugar.

Outras alternativas são: toucinho do céu, feito com ovos, amêndoas e açúcar; encharcada de ovos, feito de fios de ovos gratinados; rocambole de chocolate ou de laranja; estrogonofe de nozes; e barriga de freira, feita com massa folheada de arroz e baba de moça.

É impossível falar de culinária portuguesa e não citar bacalhau. Nascimento rapidamente decreta: “Bacalhau tem que ter ovo”. A sugestão dele para os comensais é o bacalhau à Gomes de Sá (R$ 55), com ovo cozido, lascas de bacalhau, azeitonas, salsinha, batata e azeite.

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