CASO BRUNO E O DESAFIO DA RESSOCIALIZAÇÃO
A notícia de que o Boa Esporte teve rompidos os contratos com todos os seus patrocinadores, tão logo confirmou a contratação do goleiro Bruno, condenado pelo assassinato da modelo Eliza Samudio suscita difíceis reflexões jurídicas.
Se, por um lado, o nosso sistema penal “sonha” com a política da ressocialização – missão quase impossível, diante da realidade penitenciária brasileira, onde os presídios não dispõem de qualquer suporte de dignidade -, por outro, a negativa de empresas a atrelarem sua marca ao autor de um crime bárbaro, que tanta repercussão social gerou, também se mostra demais explicável.
Como disse acima, é um tema difícil e que suscita reflexões!!! Mas, a despeito disso, não deixarei de me posicionar!!!
A frieza demonstrada por Bruno em suas primeiras entrevistas acerca do tema, muito contribuíram para o tratamento que lhe está sendo dispensando. Em crimes contra a vida, onde o dano é irrecuperável, o mínimo que a sociedade espera do autor do ilícito é o arrependimento, a consciência de que errou e que está disposto a recomeçar, de uma outra forma, por um outro caminho.
Assim, enquanto Bruno não der sinais claros de que reconhece o grande e imperdoável erro cometido, será ele refém de uma história sem fim, que tende a lhe impor uma pena de isolamento social, seja dentro ou fora de um presídio.
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