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Pagodeiro acusado de matar ex se apresenta em júri em Guarulhos

Evandro Gomes Correia Filho ficou foragido por quase cinco anos; em maio um primeiro julgamento foi cancelado porque a defesa apresentou novas provas

11 de setembro de 2013 | 8h 49



SÃO PAULO - Após quase cinco anos foragido, o pagodeiro Evandro Gomes Correia Filho, acusado de matar a ex-mulher, a operadora de caixa Andréa Cristina Nóbrega Bezerra, e de tentar matar o filho dos dois, Lucas, em novembro de 2008, compareceu ao júri no Fórum Criminal de Guarulhos nesta quinta-feira, 12, na Grande São Paulo. O julgamento começou nessa quarta-feira, 11, com corpo de jurados formado por cinco homens e duas mulheres. Ele ficará preso enquanto durar o julgamento, que pode acabar ainda nesta quinta ou na madrugada de sexta-feira, 13.
Réu aparece no Fórum de Guarulhos depois de faltar ao primeiro dia de júri - Marcos Bezerra/Futura Press/AE
Marcos Bezerra/Futura Press/AE
Réu aparece no Fórum de Guarulhos depois de faltar ao primeiro dia de júri
O músico já havia vindo a público no 29 de setembro de 2010 disfarçado com barba e cabelo postiços, para reafirmar à imprensa sua versão de que não matou Andréa. Embora já estivesse com a prisão preventiva decretada, ele não foi detido porque era véspera de eleições, em razão da lei eleitoral. Depois da aparição, sumiu novamente e, do ponto de vista legal, nunca havia se apresentado após o crime até esta quinta. Em depoimento de duas horas no júri, Evandro voltou a negar que tenha levado a mulher e o filho a pularem do apartamento. Ele contou que se encontrou com Andréa em um shopping e que ela lhe pediu dinheiro. Depois, segundo sua versão, ela o chamou para ver o filho no apartamento onde moravam. Lá, segundo Evandro, ela teria pedido para voltar. O pagodeiro disse ter respondido que não queria porque estava com outra mulher, com quem também tem um filho. O pagodeiro disse no depoimento que mostrou a certidão de nascimento do garoto e Andréa então a rasgou, quebrou móveis e foi para a cozinha, onde teria cortado a mangueira do gás. Evandro ouviu o barulho do gás vazando, segundo contou, e desceu para pedir socorro. Foi quando, afirmou no julgamento, viu a ex-mulher caída no chão.
Segundo a acusação, Evandro teve uma crise de ciúmes ao chegar ao apartamento, cortou a mangueira do gás e teria ameaçado explodir o local. Andréa, então, jogou o menino na laje e caiu. Lucas, hoje com 11 anos, depôs nessa quarta-feira confirmando essa versão. Segundo o promotor Rodrigo Merli, a "firmeza e a coerência" do garoto  impressionaram os jurados.
Celular. Segundo o relatório do Instituto de Criminalística (IC) entregue na semana passada, o celular do réu foi analisado. Foram transcritas mensagens que a vítima teria mandado a ele, nas quais ela pedia dinheiro. A defesa quer mostrar que Andréa tinha problemas psicológicos e morreu porque se suicidou. Supostos bilhetes de despedida datados de antes da morte foram apresentados à Justiça.
Na versão do réu, Andréa não aceitava o rompimento do relacionamento e queria que os dois criassem juntos o filho. Ela o procuraria insistentemente e, na data do crime, tomou uma atitude "possessiva e ciumenta" e se desesperou quando descobriu que o ex tinha outro filho.
Andréa morreu após cair da janela do terceiro andar do prédio onde morava, em Guarulhos, enquanto o menino foi internado com uma fratura do maxilar, após cair sobre a marquise da edificação. A polícia diz que ela se jogou porque o pagodeiro a ameaçou com uma faca.  A acusação quer mostrar que o réu é violento. "Vamos tentar demonstrar por testemunhas que ele (Evandro) infernizava a Andréia", diz o promotor. "Mesmo com outros relacionamentos e outro filho, ela era a primeira mulher dele. É o primeiro amor que ele não poderia perder".
Para a defesa, a vítima estava, na verdade, desequilibrada. Ex-namoradas que teriam sido perseguidas pela mulher darão o seu depoimento, segundo o advogado. Um parecer do psiquiatra forense será mostrado ao júri para confirmar a linha de defesa de que Andréa estava fora de si.
Para o novo júri, foram também juntados pela defesa vídeos para serem mostrados os jurados que não estavam previstos na primeira tentativa de audiência -  a maioria reportagens de TV, nas quais o próprio advogado do réu é o entrevistado. Há também o filme Amar foi a Minha Ruína, de 1955. A protagonista é uma mulher que engana o marido e comete vários crimes por um ciúme descontrolado.
 

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